segunda-feira, maio 11, 2009

Mente vs. Físico (Será que o físico mente? E será que a mente, fisicamente, existe?)

O que tem mais força no ser humano, o que está mais presente: a mente ou o físico?

EfectivaMENTE, a mente está, realMENTE, muito presente na nossa sociedade portuguesa, ainda que seja só como sufixo dos advérbios de modo que utilizamos frequenteMENTE. Ops! E lá foi mais um...
Contudo, não se trata dessa "mente" aquela a que eu aqui me refiro, mas sim a um conjunto de capacidades intelectuais que nos caracterizam enquanto indivíduos, enquanto pessoas. (Perdoem-me a enfadonha e até redutora conceptualização, mas havia de ter de faze-la para que a mente se tornasse menos ambígua...se é que isso possa ser possível.) É um facto que, quando falamos da mente (não confundir com falar demente...) como substantivo abstracto, não poderemos esquecer-nos de um certo constrangimento conceptual , onde se torna difícil definir com clareza este termo. Ainda assim, e de forma sucinta, atrever-me-ía a definir a mente humana como a nuvem inconstante onde vagueiam o nosso conjunto de pensamentos, valores, opiniões, regras que, consequentemente, foram assimiladas pelo nosso fabuloso sistema nervoso central e, portanto, por essa bela máquina intelectual: o cérebro.
Mas, e isto não é de todo uma novidade, o ser humano não é estritamente racional, e comporta também uma vertente física. Ainda mais, se é verdade que ambas as componentes, intelectual e física, estão provada e intimamente relacionadas, também não será menos verdade que uma se destaque da outra, numa ou noutra ocasião.
Proponho então que punhamos a cabeça de um humano sobre um dos lados da mesa (se a vossa mente achar mais fácil, contratem um celta para esta fase, por exemplo...) e, do lado oposto da mesma mesa, ponha-se o resto do mesmo corpo humano, membros e afins, e que comece o "braço de ferro"!!!
Somos racionais, e não raras vezes temos orgulho de nos assumirmos como tais. Mas o desejo de poder controlar apenas intelectual e racionalmente o "eu" e o mundo só nos levou e levará ao fracasso total e, eventualmente, pode até revelar-se num caso patológico sem reverso...
O leitor pode então questionar-se: "mas afinal quem ganha?", e se isto aconteceu foi porque ainda não percebeu que o meu ponto de vista acredita que o equilíbrio de cada pessoa resulta desse mesmo "braço de ferro", desse luta de forças constante entre a razão e a emoção, entre o racional e o físico, entre o cumprimento das regras e a anarquia... E só para que o leitor constate que esta luta continua, aqui estou eu , uma vez mais a olhar e a venerar um fantástico bolo que está na minha frente, e já o faço desde o primeiro momento em que comecei a escrever este texto! O meu cérebro dá-me luta desde que digito as primeiras palavras desta reflexão! Susurra-me, bem baixinho, as regras de uma alimentação saudável...as 350 kilocalorias que compõe aquele pastel de nata...e os quantos minutos de ginásio necessários para voltar a perder essas mesmas calorias!...e, nesta altura, o cérebro já se cansou de tanto pensar!
No entanto, o seu "NÃO AO BOLO" é evidente!
Mas, enquanto escrevi isto, uns largos minutos se passaram e...posso dizer, ainda com migalhas no canto da boca, que o bolo, esse, "já cá canta"!
Afinal não custou assim tanto, foi só levantar-me, dar dois passos, esticar o braço e, em instantes, já estava a saboreá-lo. Final da guerrilha!! E o físico, desta vez, foi quem ganhou. (teria mesmo sido?!) E de que maneira! Pois o pastel estava uma delícia e, tendo em conta a dose de açúcar, acho que o meu cérebro também não ficou a perder! :)

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